No silêncio da alma, ecoa a pergunta amarga
“«Porque é que me lembro sempre daquilo que me quero esquecer?» É como se viesse comigo sempre alguém, seguindo-me sorrateiramente, e sussurrando- me ao ouvido.”
O Tesouro, de Selma Legarlof
No silêncio da alma, ecoa a pergunta amarga:
Por que o que quero esquecer sempre me embarga?
Como uma sombra que me segue, sem cessar,
O passado sussurra, difícil de apagar.
Um murmúrio sorrateiro, ao pé do ouvido,
Seguindo-me persistente, como um gemido.
Por entre lembranças, tento escapar,
Mas aquela voz insiste em me atormentar.
É como um espectro, inquieto, que me envolve,
Sussurrando segredos que o tempo não dissolve.
Por mais que eu queira, o esquecimento é ilusão,
Pois o passado persiste, como um eco na solidão.
Na dança das sombras, a memória se entrelaça,
Como se alguém, invisível, dançasse e abraçasse!
Assim, no sussurro constante, vou a viver,
A perguntar por que lembro o que deveria esquecer.
Atividade de Escrita Criativa
Português - 10.ºA
Matilde Brilhante