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És_criativo(a): atividade de escrita

Partilha de textos

És_criativo(a): atividade de escrita

Partilha de textos

Viver no presente

31.01.24

"Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho."

Bernardo Soares

     Esta frase de Bernardo Soares é uma frase que devia ser tida em conta ao longo da vida. 

     Acredito que viver no presente é a melhor forma de aproveitar a vida. O passado é algo que não podemos alterar e, portanto, não se deve viver agarrado a ele. Já o futuro é algo que também não podemos prever e que não podemos controlar. Como tal, a melhor forma de se ter um futuro melhor é viver o presente da melhor forma possível. Uma situação a que é possível aplicar esta tese é na vida escolar. Por exemplo, quando estamos perante um teste. Primeiro, devemo-nos concentrar em estudar, tirar dúvidas e não pensar em como me saí no teste anterior ou como será o próximo. Desta forma, é possível evitar arrependimentos passados ou ansiedades futuras que não levam a nada. 

     Note-se, ainda, que também se é mais feliz e mais grato por aquilo que se tem sem nos preocuparmos com bens materiais quando se vive no presente. Por exemplo, ao passarmos  mais tempo com os nossos amigos, devemos aproveitar ao máximo fazer algo tão simples como isso e a maioria das preocupações futuras desaparecem. 

     Em suma, viver focado no presente é benéfico porque, ao fazemos isso, aproveitamos o que a vida tem de melhor para nos oferecer. 

Atividade de escrita Criativa

Português - 12.ºD

Tiago Silva

 

D. Sebastião, rei de Portugal

30.01.24

"Louco, sim, louco, porque quis grandeza"

Fernando Pessoa     

     Será que D. Sebastião desapareceu mesmo? E se um dos maiores heróis portugueses não fosse um louco como Fernando Pessoa caracterizou, mas sim a maior desilusão da História portuguesa? 

      Assumindo que a 4 de agosto de 1578, D. Sebastião aportou com as suas tropas em Alcácer Quibir, o rei português acabava de abandonar Portugal sem descendência e sem intenção de voltar. D. Sebastião, quando embarcou rumo a África, tinha sido de forma explícita aconselhado a deixar descendentes, algo que, com os seus vinte e quatro anos, já deveria ter, dado que na época era expectável começar a procriar aos 16. O jovem rei acabará por ser um dos mais imprudentes da História, não por ser um louco, mas por ser um líder que não ambicionava ser. 

      Será que o nosso tão desejado, afinal, não é quem dizem ser? 

    Será que o que lhe faltou foi ser uma “besta sadia que procria”? Muito provavelmente se o fosse, também teria evitado que Portugal tivesse sido anexado pelos espanhóis. Assim sendo, acredito que o rei não tenha efetivamente desaparecido, mas sim procurado desaparecer, algo que comprova o facto de o corpo nunca ter sido encontrado. 

     Em suma, contrariamente àquilo que Pessoa acreditava, defendo que D. Sebastião não foi o herói que Portugal precisou, muito menos o louco sonhador, acabando apenas por se tornar no maior egocêntrico que Portugal alguma vez conheceu. 

Atividade de Escrita Criativa

Português - 12.ºE

Afonso Alves

O que a vida nos reserva

29.01.24

"À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

Álvaro de Campos

     Enquanto crianças, pensamos em diversas maneiras de conseguirmos alcançar os nossos sonhos, mas, à medida que vamos crescendo, esses sonhos cruzam-se com a realidade.  

     Maria, uma jovem adolescente, de 17 anos, estuda artes e está prestes a acabar o curso que frequenta. A sua vida é tranquila e serena. A sua única preocupação é conseguir entrar na faculdade com as melhores notas. Já Santiago, um universitário, de 19 anos, teve a sua vida facilitada. Como os seus pais têm muito dinheiro, ele conseguiu entrar na faculdade com uma cunha. 

     A certa altura, Santiago necessita de documentos pessoais para concluir a sua última cadeira na universidade e, para tal, precisa de voltar ao Liceu. Ao meio dia em ponto, este encontra-se junto à secretaria. Maria, distraída com o telemóvel, vai contra Santiago, deixando ele cair uns documentos e uns esboços de uns desenhos da universidade. Maria fica espantada com o seu talento e pega nos trabalhos para os observar mais de perto. Depois disto, Maria diz que também está em artes e pergunta-lhe se ele pode dar a sua opinião sobre os seus esboços.  

     - Sim, claro - afirma Santiago, enquanto Maria retira os seus esboços da pasta. 

     Depois de os ver, Santiago comenta: 

     - Estão razoáveis, sim... Qual é o teu nome? 

     - Chamo-me Maria e tu?- pergunta, curiosa. 

    - Sou o Santiago, prazer. 

    Maria agradece a sua opinião sincera e, pouco depois, Santiago é chamado para entrar para o gabinete, deixando assim Maria sozinha. Ela fica entretida no telemóvel até ser a sua vez de entrar. Quinze minutos depois, Santiago sai do gabinete e volta a falar com Maria. 

    - Nem  te perguntei. Já sabes para onde vais querer ir quando saires do Liceu? 

    Maria desliga o telemóvel e responde:

     - Vou para Belas Artes, no Porto, é o meu sonho desde pequena! 

    -Ah! Ok. Eu estou lá, mas não te iludas porque do sonho à realidade é preciso muito.  

    - Sim, eu sei, mas eu acredito que vou conseguir e estou a fazer por isso. - diz Maria contente. 

    - Muito bem... Bom, eu vou ter de ir embora, pois ainda tenho uma longa viagem a fazer até ao Porto. Gostei de te conhecer! Talvez nos vejamos no futuro! 

     Santiago pega num pequeno papel, escreve o seu número, entrega a Maria e vai embora. Entretanto, Maria é chamada ao gabinete para tratar dos papeis para a faculdade. 

     Duas semanas depois... 

     São nove da manhã e Maria prepara-se para sair de casa e ir à escola para saber a nota do seu exame. Precisa de um 17 para conseguir entrar e está bastante confiante! Ao dirigir-se ao fundo do corredor, depara-se com as pautas do exame, encontrando, assim, o seu nome: Maria, de turma tal de ano tal, foi aprovada no seu exame com 16 valores. Ela, ao ver aquilo, ficou chocada, pois com 16 valores não conseguia entrar na universidade. Infeliz com a sua nota, ligou ao Santiago para desabafar e ter um ombro amigo onde pudesse conversar sobre a nota. 

     A conversa durou imenso tempo. Passou a ser uma conversa em que se conhecem melhor e não tanto sobre a nota. No final, Maria tomou a decisão de repetir o exame e tentar tirar no mínimo o 17.  

     Passado um mês, ela volta a ir a escola para ver o resultado e consegue obter o 17, passando assim a frequentar a mesma escola que Santiago.  

     Um certo dia, nas férias de verão, Maria fica de se encontrar com Santiago e, a partir desse momento, caiu uma faísca no coração de Santiago, pois este já sentia algo por ela. Maria sentia o mesmo, mas, com vergonha, não se declarou, deixando assim que Santiago tomasse a iniciativa. Quando os dois foram comprar um gelado, Santiago teve coragem e declarou-se a Maria, passando desde aí a namorar.  

     Passaram dias, semanas, meses e até anos e eles ainda continuavam juntos e inseparavéis. Quando fizeram três anos de namoro, eles dicidem fazer uma festa, em que estariam os amigos de ambos. Mas algo inusitado estaria para acontecer... 

     Maria, Santiago e o seu grupo de amigos conversavam sobre a faculdade, dizendo Maria que, desde pequena, era o seu sonho entrar naquela universidade, mas que a realidade a tinha desiludido muito, pois não era o que sempre sonhara. Até que, de repente, entra Benedita, uma amiga muito próxima de Santiago, e que Maria ainda não conhecia. Fizeram as apresentações e por mais que Maria tentasse mostrar a sua tranquilidade, por dentro, estava a morrer de ciúmes, pois Benedita estava sempre empoleirada em Santiago. Maria aguentou o tempo todo, até porque não queria estragar o convívio entre o grupo e porque eram apenas uns ciúmes que a estavam a incomodar. Mais tarde, Maria contou o seu desconforto a Santiago, e por mais que este a tentasse tranquilizar, Maria continuava com ideias disparatadas o que afetou a relação. 

     Apesar das paranóias de Maria, Santiago não desistiu e insistiu com ela, arranjando diversas maneiras de passar os dias só com ela. A pouco e pouco foi percebendo que Santiago só tinha olhos para ela e percebeu que o que parece nem sempre é a realidade, que por vezes imaginamos algo que nem sempre é a realidade. Foi o que a Maria ficou a perceber com esta fase do seu relacionamento. Daqui em diante, Maria e Santiago ficaram melhores do que nunca. Dão-se lindamente, e Maria conseguiu ver que Benedita estava com Santiago apenas por maldade, para a ver sofrer. 

     Por vezes nem sempre o que pensamos ou imaginamos é a realidade. A vida real e o sonho, por vezes, estão muito distantes e noutras mantêm-se muito perto. Por isso, a vida deve ser vivida a cada momento, tendo em conta sempre os nossos sonhos, mas andando sempre com os pés assentes na terra a aproveitar sempre a vida com quem amamos, sem ligar a quem nos quer mal. 

Atividade de Escrita Criativa

Português -12.ºD

Mariana Alves e Patrícia Gonçalves

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