A janela do teu coração
Desde o chão do meu quarto,
desfio memórias do passado...
O vento na janela dá-me paz
como a janela do teu coração já não faz.
Fecho os olhos e penso e ti,
porque o que sinto nunca senti!
Desde pequena, quis ter alguém,
mas ter alguém fez-me ninguém.
Pela janela do teu coração
eu quis entrar, mas foi em vão.
Amar para ti nunca foi opção,
cá fora fiquei, coberta de desilusão.
Nem a água das minhas lágrimas
apaga o fogo do meu amor,
mesmo se me fazes perceber
que o teu coração não me ia merecer.
Pensar que te ia ter
e depois te perder
fez-me entender
que a janela não é o que aparenta ser.
Se antes me deixou a esperança,
agora, a ilusão tem mais presença.
-Porquê deixares-me expectar?
-Para te mostrar que não querias entrar.
Da janela do meu quarto,
vejo um jardim florido
tal como à janela do teu coração
te via como meu namorado.
Nem o teu abraço mais apertado
se compara a este aperto.
Não quero sentir este desconcerto
mas acreditar que estás perto.
Odiei-te, janela, por não me deixares entrar!
Mas adoro-te, janela, pois agora sei que não eras real.
Vários vislumbres de ilusões na janela
mas no final sempre foi ela...
Projeto de Articulação Curricular Português/Desenho, 11.ºD
Maria Ladeiras e Ana Francisca Teixeira