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És_criativo(a): atividade de escrita

Partilha de textos

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De caras com a realidade

26.02.20

Certo dia, Sofia, uma rapariga de 17 anos, estava na escola, junto das suas amigas, quando viu uma delas com um telemóvel novo. Foi para casa pensar nessa situação e decidiu que também queria comprar um. O problema é que era muito caro, mas, naquela época, estava na moda e por isso queria-o mais que tudo!

Ela disse para si mesma: “se eu for pedir um empréstimo de 800 euros ao banco, quando tiver a oportunidade de pagar, irei pagar esse dinheiro mais um juro de 12%, o que nem é muito caro”. Posto isto, foi ter com a sua mãe para partilhar com ela a ideia que tivera. A mãe não concordou em gastar tanto dinheiro num telemóvel, mas Sofia não quis saber, continuou a pensar na sua ideia e decidiu ir ao banco.

Durante o caminho, ela pôde observar várias pessoas com diferentes empregos. Começou por ver um varredor de rua, depois um grupo de homens a construir um prédio e, por fim, cruzou-se com a sua tia que é empregada doméstica. Ao ver todos estes tipos de situações, ela ficou a pensar se ainda valeria a pena ir ao banco pedir um empréstimo tão caro, pois as pessoas com que se deparara recebiam todas o salário mínimo (635 euros) que só servia para alimentar a família e pouco mais. Sofia sabia disso pois sabia em que situação vivia a sua tia e percebia as dificuldades que ela passava. Acabou por dar razão à mãe e desistiu de ir ao banco só por causa de um telemóvel.

Foi para casa a pensar numa outra solução para conseguir o telemóvel e chegou à conclusão que teria de juntar o dinheiro, mas depois apercebeu-se que ia demorar muito e ela não gostava de esperar. Chegou a casa e falou com a mãe que lhe disse:

- Filha, achas mesmo necessário comprar um telemóvel tão caro, quando o teu ainda funciona? Lembra-te da situação financeira da tua tia e que há pessoas que iam ser muito ajudadas se tivessem o dinheiro que vais gastar num telemóvel.

Sofia compreendeu e escolheu não comprar o telemóvel. Sentiu-se feliz com a escolha que fizera, visto que conseguiu fazer essa escolha a pensar nas outras pessoas.

Gonçalo,Maria e Guilherme.png

 

 

Uma viagem tão desejada...

19.02.20

Havia uma família, cujos dois filhos de 16 e 17 anos, o João e a Ana, tinham o sonho de realizar uma grande viagem até à Austrália, mas sabiam que ia ser difícil.

Eles tinham esse sonho desde o dia em que, à hora de jantar, viram uma notícia sobre os incêndios na Austrália, por isso estavam ansiosos por ir ajudar a cuidar dos cangurus.

Certo dia, o João e a Ana propuseram essa viagem aos seus pais, que ficaram muito surpreendidos.

-Mas, de onde vem esse interesse todo pela Austrália? – perguntou o pai, admirado.

-O nosso interesse em conhecer a Austrália vem desde o dia em que vimos uma notícia sobre os incêndios na Austrália. – disse a Ana.

- Nós não temos condições financeiras para realizar essa viagem. Eu e a tua mãe temos outras prioridades, como tu sabes! Estamos a precisar de fazer obras na cozinha.

-Como agora vêm as férias, eu e a Ana poderíamos ir trabalhar e poderíamos economizar em coisas que não sejam prioritárias. – propôs o João.

-O vosso trabalho é estudar. – disse a mãe com firmeza.

-Nós conseguimos conciliar tudo! – sugeriu ainda o João.

-Isso não chega! Temos as nossas despesas diárias, que já não são poucas, e a vossa ida nos próximos anos para a universidade. Vamos ter que gastar muito dinheiro. – disse o pai.

-Decisões mal pensadas levam por vezes a despesas descontroladas… Teremos de pedir ao banco um empréstimo e aí vamos pagar juros muito altos. E depois teremos que poupar ainda mais para pagar. – disse a mãe.

-Isso está fora de questão, não vou andar a ganhar para entregar aos bancos. – disse o pai, incomodado.

-Como eu disse há instantes, nós poderíamos reduzir as despesas. A minha festa de anos… podemos não a fazer. A Ana poderia não comprar as sapatilhas…

-Se nós juntarmos as nossas economias ficará mais fácil fazer esta viagem. – disse a Ana.

-Eu e a mãe teremos que pensar melhor nesta ideia. Não podemos correr o risco de nos endividar.

-Ok!

Passados alguns dias, o assunto voltou a surgir à mesa quando a Ana perguntou aos pais:

-Já pensaram naquele assunto?

-Já. – exclamou a mãe. Sei que vocês gostariam muito de ir ajudar os animais, mas nós neste momento não temos a possibilidade de fazer essa viagem tão cara.

-Talvez seja melhor deixarmos essa viagem para outra altura em que a gente se sinta mais folgada financeiramente. Agora há que pensar mais no vosso futuro para terdes uma boa profissão e poderdes fazer muitas viagens.

Nem tudo o que a gente quer se pode concretizar. Temos que dar tempo ao tempo.

Matilde e Pedro.png

 

 

O sonho do Miguel

17.02.20

Eram as férias de verão e o Miguel estava a fazer o seu turno da manhã como trabalhador de caixa no Continente quando uma amiga, que ele estava a atender, lhe disse que se candidatara para fazer Erasmus no ano letivo seguinte. O Miguel sempre gostou de viajar e de descobrir novos países o que tornou a ideia de fazer Erasmus muito mais excitante. Quando chegou a casa, foi pesquisar sobre os países disponíveis e um deles era o seu país de sonho: Itália.

Foi então falar com os seus pais para saber se tinha a autorização deles.

-Filho, essas coisas são muito caras, não conseguiríamos pagar tudo – disse a mãe.

-Mas não precisam de pagar tudo. Eu tenho o dinheiro da minha conta poupança e o meu ordenado do Continente - disse o Miguel.

-Mesmo assim, isso não paga todas as despesas - respondeu a mãe.

Ainda a tentar convencer os pais, o Miguel disse:

-Acho que antes de decidirmos, devíamos fazer um orçamento e ver quanto eu vou gastar durante esse ano.

E assim fizeram. Juntaram todas as despesas e deu-lhes um total de 3 mil euros.

- Se fizéssemos um empréstimo? Não fica assim tão caro… - continuou o Miguel, tentando convencer os pais.

-Pois não e como no final do ano letivo vais começar a trabalhar na tua área, vais poder pagá-lo rapidamente - acrescentou o pai.

-Isso quer dizer que me posso candidatar?! - perguntou ele com entusiasmo.

-Podes, mas, com a condição de tirares boas notas até porque há bolsas para os melhores alunos que queiram ir estudar para fora - respondeu o pai.

-Ok, eu vou tentar.

Abriu logo o computador e foi candidatar-se. Depois de um mês de longa espera, a sua candidatura foi aceite o que significaria que iria para Itália. As semanas seguintes foram passadas a planear como iria gerir o dinheiro: fizeram orçamentos mensais, um orçamento anual e pediram o empréstimo ao banco.

Já em Itália, o Miguel conseguiu arranjar um part-time e juntamente com a bolsa, as suas poupanças e o empréstimo de baixos juros, o Miguel manteve-se dentro dos orçamentos.

No final do ano, ele contou como planeou isto tudo a um amigo que, impressionado, ofereceu-lhe um estágio na empresa do pai. Aqui tornou-se num dos melhores empresários de Itália e pôde viajar por todo lado como sempre quis.

Daniela e bruno.png

 

 

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