Assombração na tipografia
Há algumas décadas, surgiu um mistério que se prolongou no tempo. Dizia-se que uma tipografia chamada Minerva fora abandonada pelos seus patrões sem ninguém saber a razão. Dizia-se que os patrões nunca mais voltaram à loja e que ninguém a deveria explorar ou vandalizar e que seria melhor para toda a gente se assim fosse.
Alguns anos se passaram desde a partida dos seus donos e a tipografia continuava intacta. Até que quatro jovens quiseram desvendar o caso e saber o que havia por detrás daquela tipografia abandonada. Os quatro jovens conheceram o caso através das suas avós, que sempre viveram intrigadas com aquele mistério e agora os iriam ajudar a resolver o mistério.
As avós preparam muito bem os jovens e com eles fizeram um plano. Tudo combinado, ao final da tarde, quando passava menos gente na rua, os rapazes conseguiram executar o plano. Eram umas nove horas e eles já se encontravam dentro da tipografia. A determinada altura, reparam que vêm sombras a aproximar-se deles e apavorados recuam bem devagar. Começaram a sentir calafrios e a ouvir vozes distorcidas e macabras. Foi quando ouviram:
-Venham brincar connosco! Nós não fazemos mal! – disse alguém com uma risada esquisita.
Eles correram o mais rápido possível para a saída do local, mas um deles bateu com a perna e cortou-se. Com a ajuda dos amigos, que o ajudaram, todos conseguiram sair. Ao saírem da loja, já estava quase a amanhecer e já havia algumas pessoas acordadas, que os questionaram sobre o que faziam ali àquela hora. No mesmo dia, foram várias vezes questionados sobre o que acontecera lá dentro, o que tinham descoberto e a notícia do ocorrido viralizou.
Passados alguns dias, na casa da avó de um deles, apareceram duas inusitadas visitas. Eram os antigos donos da Tipografia Minerva! Eles explicaram-lhes o porquê de terem abandonado a tipografia.
- Num dia de tempestade, - disse a antiga proprietária - o sistema elétrico foi afetado, enquanto se imprimia um livro de contos, e isso corrompeu o bom funcionamento de uma das impressoras. De uma delas, começaram a ouvir-se vozes distorcidas, porque as personagens dos contos ficaram desfiguradas e começaram a sair da impressora. Eu, o meu marido e os nossos funcionários fugimos apavorados. Achamos por bem fechar a tipografia e avisar toda a gente para nunca irem à tipografia.
Atrapalhados, os rapazes prometeram nunca mais lá voltar, para sua segurança e de toda a gente.